(¯`·._.· HELOÍSA ·._.·´¯)
(¯`·._) Escreva-me (¯`·._) (¯`·._) Meu banner (¯`·._) (¯`·._) Amigos (¯`·._) ALMA MINHA 137 A Base (inexata) da Ignorância a Barca de Lyra Afinidade Mily Algo Tão Doce! A Direccao do Voo MARIA DO CEU COSTA Aqui Maria do Ceu Costa Arde o Azul A Procura de Cleopatra Marco Antonio Ao Sabor da Aragem JMTleles da Silva Art & Design de Isabel Filipe Betanices BETANIA Bodeguita Branco e Preto I AMITA Branco e preto Canção de Outono Cartas e Pensamentos Casa de Contos Ceu & Inferno_Larousse Cidadão do Mundo Conversas de Xaxa 4 PETER E Deus Tornou-se Visível Hora Absurda HENRIQUE Encosta do Mar ANA Entre Outras Mil Et Alors EternamenteMenina Fabio Ulanin From Within Heloisa conversando com as palavras2 Holísticos Hora Absurda II Jornal Mil e Uma Notas Letras Ao Acaso Luz da Minha Alma Oceano sem fim Antonio Soares Ocasos Ofeliazinha Palavras de Algodao pátria d'água Pensamentos de Laura Peter's Poemas de Amor e Dor Porto de Abrigo Quem Tem Medo de Baby Jane (re)Criando Rodrigo Della Santina Tem Poemas Trilhas do Olhar Velho da Montanha, O Vagueando, Carlos LAGOS (GELADOS) com ou sem CISNES...II,Valquielo Heloisa *PARABENS MARIA AZENHA* Word Land Zadig (¯`·._) Lembranças (¯`·._) Archives
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***TEIXEIRA DE PASCOAES*** *GRANDE, ENTRE OS MAIORES*! *********************************** ***POETA*** (UM DOS) Que Amo e, trago aqui, apenas, um "abrir de apetite" a Sua Maravilhosa e, pouco divulgada, ***POESIA***!!!!!!!! *********************** ***Semelhança*** _______________ É ser quase invisível ser presente. Na distância é que os astros aparecem; E nas profundas trevas sepulcrais É que podemos ver Esta figura humana da Tragédia, Esta máscara grega que faz medo Aos deuses e aos demónios! Esta imagem Acendida de cores palpitantes, Além das quais se escondem num tumulto, Outras vagas imagens, pretendendo Vencer e dominar, romper a névoa, Surgir à luz do dia! Só nas trevas, Se ilumina a expressão das criaturas, Como um céu nocturno, Ó lua nova, O teu perfil de prata que me lembra O perfil de Virgílio a revelar-se Na morta escuridão de dois mil anos. É nas trevas que as almas aparecem. E a sua face externa, dimanando Este ar humano a arder em luz divina Ou toldado de fumo enegrecido: O relevo mais alto Dum rosto que se anima, aquele traço Que melhor o define, aquele modo De olhar e de falar, aquele riso Ou de anjo ou de demónio; Este ar inconfundível e perpétuo Que trouxemos do ventre maternal. Fulgura na beleza amanhecente E conserva acendida, entre as ruínas Da trágica velhice, A monótona lâmpada soturna, Em melancólicos lampejos frios. E inalterável paira sobre a face Gelada dos cadáveres.. . E dela se desprende; e, já liberto, Em vulto de fantasma, Fica, por todo o sempre, a divagar Entre o luar e a noite, o Céu e a Terra. II O génio dum pintor É dar as cousas como Deus as fez E como Deus, sonhando, as concebeu, Bem antes de as criar. É dar o sol E a sombra original que lhe embrandece O ímpeto doirado a desfazer-se, Em luminosa espuma, sobre o mundo. É dar a um rosto humano a forma viva, A claridade viva que ele trouxe Do ventre maternal... Esta anímica luz de simpatia Que se exala, no ar, e vem de dentro Dum coração a arder: A nossa própria imagem condensando, Através da aparência transitória, A eterna aparição. III A tinta dá a aparência deslumbrante, A luz carnal que veste os ossos do esqueleto E em nós acende uma ilusão de vida, Um desejo de ser quase infinito, Um sonho de existir eternamente... Este sonho divino que nos leva Nas suas ígneas asas sempre abertas No coração da noite. Para onde vamos nós? Para onde vai A perfeita alegria que se apaga, E nos deixa na alma Como um sabor a cinza? E no silêncio que vem da serra com a lua E passeia comigo no jardim? E o perfume das rosas e dos lírios Que derramam, na sombra, bem se vê, Fosforescências brancas e vermelhas, Quando o luar é mármore desfeito A cair, a cair, em luminoso pó? Cai na terra que tem defunta palidez, Sorrisos mortos, lágrimas de neve, Pedrinhas preciosas que cintilam E negras manchas de terror, fingindo O recorte das árvores extáticas. A tinta dá a aparência radiosa; Um arco-íris nas paletas, E a alegria da virgem Primavera E o sangue que ilumina a tua face E é como a aurora a percorrer-te as veias E dos teus lábios foge, num sorriso... Mas o carvão dá a noite, a intimidade, a alma, Os recantos escuros da paisagem, Onde o mistério e a sombra Parecem adquirir uma presença vaga... E extrai do alvor luarento do papel O fantasma escondido, em nós, durante a vida, Mas cá fora, ao luar, depois da nossa morte. O óleo diurno lança num perfil Todo o esplendor externo da expressão, Este ar espiritual de etérea luz, Que, emanando de dentro, se condensa Em relevos de carne e sangue quente, onde se exala a dor em turbilhões de fumo E a alegria agitando as luminosas asas. Mas o carvão nocturno esboça a medo A nossa intimidade, aquela imagem Que em nosso coração se esconde e em certas horas, De alto delírio e exaltação profunda, Aparece, na Terra, em nosso nome, Como um anjo de luz, como um demónio a arder! Caim e Abel! Orfeu tangendo lira! O grito de Jesus nas trevas do Calvário! Lucrécio enlouquecido a escorraçar os Deuses Para os confins do Olimpo... E estrela do pastor que, à tarde, cintilava Nos olhos de Virgílio, extáticas lagoas Que reflectem a lua entre folhagens de árvore E misteriosos perfis de espectros agoirentos. Um retrato a carvão faz medo. Mostra à luz Aquela negra sombra pavorosa Que emite, para dentro, a criatura humana, A fim de que ninguém a possa contemplar.. . O segredo mais trágico das almas A converter-se numa voz terrível, Como um grito da Esfinge, no Deserto, Que fizesse tremer o vulto das Pirâmides E violentasse a tampa dos sepulcros, Onde jazem os Deuses primitivos E os primitivos Monstros que os poetas E as entranhas da Terra conceberam. Mas um retrato a óleo É máscara pintada a tintas animadas, Tão sensível de luz e de ternura Que parece evolar-se num sorriso E noutras claridades. IV O pintor surpreende a alma e o corpo, A aparência da vida, a aparição da morte, Mas não consegue dar o espírito divino, O que somos além da morte e além da vida. Só poderiam dar a imagem verdadeira Do espírito divino as tintas milagrosas Extraídas daquele sol eterno Que faz desabrochar as almas e as estrelas... Daquele sol oculto em certos versos, Nas palavras de Paulo e de Jesus, Nos gritos de aflição, do amor e da saudade Que, junto dum sepulcro ou berço consagrado, Lançam as mães aos ventos do Infinito! Somente em certos versos misteriosos Dos grandes Poetas, brilha aquele sol Que faz desabrochar as almas e as estrelas. Teixeira de Pascoaes Cânticos 1925 Poesia de Teixeira de Pascoaes Antologia organizada por Mário Cesariny Assírio & Alvim ****************************Encontrado AQUI: http://poesiaseprosas.no.sapo.pt/teixeira_pascoaes/poetas_teixeirapascoaes_semelhanca01.htm La' pode-se ler MAIS sobre o POETA! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ *********************************** "Um retrato a carvão faz medo. Mostra à luz Aquela negra sombra pavorosa Que emite, para dentro, a criatura humana, A fim de que ninguém a possa contemplar.. . O segredo mais trágico das almas A converter-se numa voz terrível, Como um grito da Esfinge, no Deserto, Que fizesse tremer o vulto das Pirâmides E violentasse a tampa dos sepulcros,".... ................................................................E' assim que me sinto e me vejo:"UM RETRATO A CARVAO", que faz "MEDO"!_ME FAZ MEDO_!!!! E... meus pinceis, meus "oleos", minha paleta, perdeu as cores restou o NEGRO E O CINZENTO! E... de facto: "O pintor surpreende a alma e o corpo, A aparência da vida, a aparição da morte, Mas não consegue dar o espírito divino, O que somos além da morte e além da vida"... ....................... _Assim diz, sabiamente ,O POETA_! Que mais posso eu dizer!???... Digo:_"Quero-VOS, BEM, meus pacientes AMIGOS! E, perdoem-me minhas ausencias, aqui, e, especialmente, em *VOSSAS CASAS*!!!!!! Um Abraco Amigo. Heloisa. ********************Deixo-Vos com esta citacao extraida do POEMA: "Somente em certos versos misteriosos Dos grandes Poetas, brilha aquele sol Que faz desabrochar as almas e as estrelas." ******************************************FALTAM-ME OS "VERSOS", FALTA-ME O "SOL"! ENSOMBROU-SE-ME A "ALMA"!!!!!!!! ................................................................ FIQUEM BEM!_COM SOL E COM *VERSOS*!!!!!!!!!! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Escrito por Heloísa às 9:15:00 da tarde. |
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